Testemunha fala sobre o acidente

O radialista Cláudio Silva, que mora em Balneário Gaivota, afirmou que minutos antes do acidente notou alguma alteração no motorista T.D.S., de 27 anos, que dirigia o gol onde outras quatro pessoas estavam, sendo que três delas acabaram morrendo.

Claudio encontrou T. já quando se dirigia a Sombrio, vindo de Gaivota. “Quando passamos na curva que depois ele se acidentou, estávamos a 60km/h, tanto ele como eu, aí como eu estava com pressa, passei pelo gol, que chegou a invadir minha pista, quase me jogando para o acostamento. Logo depois ele aumentou a velocidade, na mesma proporção que eu. Cheguei a colocar 140km/h e quando vi que ele vinha

muito rápido atrás de mim, pouco antes da Lagoa de Fora, abri para o acostamento e deixei  ele ultrapassar”, relata o radialista.

Logo depois, segundo Claudio, até Sombrio, T. veio certo, passando os quebra-molas devagar, colocando o carro de lado, já que é rebaixado e encostaria o fundo se não fizesse tal manobra, mas em Sombrio outro problema:

“Após subir a lomba da Rússia, o motorista do gol parou antes da faixa de pedestres que fica em frente ao IEV, mas não havia ninguém para passar. Ele ficou parado, me olhando pelo retrovisor, não sei se para me irritar, ou esperando que eu o ultrapassasse, o que não dava para fazer, já que tinham outros carros na faixa contrária.” Claudio afirma que aquela parada durou cerca de um minuto, o que lhe causou estranheza. Logo depois, na esquina seguinte, após o carro arrancar novamente, o radialista, evitando confusão, não deu sinal se entraria numa das esquinas ou se seguiria reto, para fazer o contrário do que o motorista da frente fez. “O deixei tomar seu rumo primeiro, quando vi que ele seguiu reto, eu entrei a direita e só fui ver o carro de novo, quando voltava para casa, já depois do acidente acontecido”, lembra.

Após pensar em comunicar as autoridades e ver o acidente, Claudio ainda se perguntou: “Por que não liguei para a polícia? Poderia ter salvado as três vidas que se perderam, mas são coisas que acontecem e a gente não prevê. Que sirva de aprendizado, se ver algo errado, da próxima vez avisarei as autoridades”, finaliza.

Fonte: Jornal Amorim