quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Negócio não deu certo e familia é despejada

O fim do relacionamento conturbado entre um homem e uma mulher pode provocar muitos transtornos. Quando a situação envolve crianças é ainda mais delicada.

É assim o caso vivido por Lidiane da Silva Teixeira, que teve que deixar a residência em que vivia desde 2007, com três crianças pequenas, de sete, cinco anos e um ano e sete meses. Na tarde de terça-feira ela foi obrigada a desocupar o imóvel devido a uma determinação judicial de reintegração de posse. Lidiane diz que morou com o companheiro durante quase três anos na casa localizada no bairro Jardim Ultramar, em Balneário Gaivota. Após a separação, ficou no local, que teria sido adquirido pelo ex através de um negócio envolvendo um automóvel.

O Astra financiado foi trocado pelo lote com a casa em construção. Seu ex-marido deveria pagar o
financiamento do carro, mas não o fez e a mulher começou a enfrentar a ameaça de perder seu lar. Houve busca e apreensão do veículo que já estava com uma terceira pessoa, que para não ter prejuízo, como é seu direito, entrou na justiça e ganhou", descreve a mulher.

Procurada pelo oficial de justiça Lidiane ganhou sete dias para encontrar outro lugar para morar com os filhos. Na tarde de terça-feira, com ajuda da família, fez a mudança para a casa de uma amiga de sua mãe, na Gaivota mesmo. "Se fosse sozinha ia pedir abrigo em algum parente, mas com três filhos tudo é difícil. A casa é emprestada por pouco tempo e agora preciso buscar um lugar para ficar. Nunca precisei pagar aluguel e não sei como vai ser agora. Tinha minha casa montada com carinho e acordei nesta quarta-feira tendo que me acostumar com o novo ambiente", relata.

Com ajuda de um corretor, Lidiane fez a avaliação do imóvel que perdeu. Segundo ela, quando passou a ocupá-lo ele valia cerca de R$ 25 mil, hoje alcança aproximadamente R$ 45 mil, pelas melhorias que fez, como a colocação de piso e instalação de rede elétrica. Seu desejo é pelo menos ser ressarcida com a atualização dos valores, pelos investimentos feitos e para isso pretende ingressar na justiça.

Segundo ela, seu ex-companheiro está a favor de quem moveu a ação, além de que ela própria move uma ação contra ele, de reconhecimento de paternidade. Ele não teria registrado o filho mais novo, que a mãe alega ser dele, e nem paga pensão. "A gente vive muito tempo com uma pessoa e não a conhece. Ele hoje diz que nunca viveu comigo, mas até a conta de água ainda é no nome dele. Não sei porque me deixar numa situação destas", lamenta.

Fonte: Correio do Sul

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